EXPEDICION SUDAMERICANA
16/08/07
RIO DE JANEIRO
Deixamos Buenos Aires para trás, admirados por este enclave de uma sociedade moderna no fundo de um continente ainda em definição.
Avião às cinco da manhã para chegar ao Rio de Janeiro pouco depois das oito. Voo da TAM cancelado e uma grande volta no programa. Com uma inesperado escala em São Paulo, chegamos ao Rio apenas ao início da tarde. Chegar ao centro e check-in no hotel, estamos prontos apenas ao pôr-do-sol. Ou seja, um dia perdido no Rio...
17/08/07
No centro, onde o turismo não chega
Hoje batemos recordes. Visita pelo centro, subida a Santa Teresa no típico “bondinho”, serviço shuttle ao Corcovado, fotografia no Sambódromo (graças a uma paragem técnica), pôr-do-sol no Pão-de-Açucar e jantar na Lagoa. Melhor era impossível. Podíamos vender este pacote turístico – Rio de Janeiro (sem praias) em 24h.
Mesmo com expectativas, o Rio de Janeiro vale a fama que tem. Povo relaxado, vida boa (para quem pode), vista deslumbrante de qualquer morro, bom atendimento comercial e, surpreendentemente, uma sensação de segurança como ainda não tínhamos experimentado desde Chapecó.
Próximo do hostel com o Corcovado ao fundo
Vista nocturna sobre duas beldades, uma das quais a praia de Botafogo
Parece que desde os Jogos Pan-americanos que há bastante policiamento nas ruas. Mesmo que sejam só carros patrulha parados com as sirenes ligadas 24 horas por dia, conferem certamente mais segurança. Pelo menos connosco, enquanto turistas, funciona.
Quanto ao que vimos, sabe melhor a experiência do que o relato. O centro é autêntico, sem pretensões turísticas, com ruas de nomes engraçados como a “Carioca” e uma intensa actividade comercial onde a distribuição de panfletos parece ser a forma de publicidade preferida.
No "bondinho", onde estudantes e idosos vão de graça... mas só entram depois dos pagantes
De seguida a subida pelo “bondinho”, onde o próprio motorista, cobra as entradas, enquanto inexplicavelmente os três colegas de gabinete ignoram a fila e entretêm-se na conversa, algo que, numa análise muito superficial podia aumentar o número de viagens em pelo menos 30%. Público haveria, certamente, já que aqueles que vão perigosamente pendurados nas laterais poderiam ter o assento que merecem. (curiosamente, estudante e idosos têm acesso gratuito mas, mesmo em época baixa, já só têm lugar entalados ou pendurados...)
Lá em cima, a "maravilha do Mundo" é mesmo a vista soberba sobre a cidade
O Corcovado, ou Cristo Redentor, vale pela soberba vista sobre a cidade. Presumo que a classificação como nova maravilha do mundo valha pela posição privilegiada e não pelo bloco de cimento que, lá do topo abre os braços à cidade.
O Pão de Açucar, onde só há duas formas de subir: de teleférico ou a escalar
Vê-se tudo, mesmo as favelas que se teimam em esconder. Do Pão-deAçúcar, comprovamos a maravilha da vista diurna, do pôr-do-sol e da vista nocturna. Ainda para mais quando isto se encaixa tudo em apenas uma hora. É tudo muito turístico obviamente, mais uma vez, mas vale a visão esplêndida sobre a “maravilhosa”. No Monte da Ursa, a um teleférico de distância do Pão-de-Açucar
O casalinho de costas para o pôr-do-sol visto do Pão-de-Açucar
18/08/07
Em Ipanema
O dia da partida, o fim da viagem!
Hoje perdemos o espírito de viajantes e encarnamos em meros turistas.
A beber uma água de coco no calçadão
O mesmo calçadão onde a Sara disse com alguma razão: "Isto até é parecido com a Figueira"
Aproveitanto o tempo que ainda falta, deambulamos pelo calçadão de Copacabana onde bebemos a água-de-coco e caipirinha da praxe. É Inverno aqui mas melhor Verão do que em Portugal. A praia está composta, o calor aperta e o escaldão vai marcando o descuido da falta de creme próprio. Um pouco mais à frente, em Ipanema, comprovo o Verão e mergulho nesta minha primeira praia do sul. Fantástico!
É mesmo calçada portuguesa
Apesar da Sara desmentir, continuo a acreditar que a minha paragem foi solicitada repentinamente (veja-se a minha figurinha) só para fotografar o "pão" que vinha a passar
Toda a viagem foi uma grande experiência e o Rio de Janeiro, sem dúvida, será novamente ponto de passagem ou até de destino no futuro. Tanto que vimos mas que também ficou por ver.
Nunca surf e pesca estiveram tão próximos
Esta foi a viagem mais inesperada da minha vida. Não fossem os motivos familiares e tão cedo não teria olhado para o sul das Américas. Foi também a viagem que mais surpreendeu. Quem diria que de um momento para o outro íamos trocar a sedutora mas previsível Barcelona por um cantinho deste mundo que tem ainda tanto por ver.
Venha a saúde, o dinheiro e os dias de férias para que uma nova aventura nos possa continuar a moldar a perspectiva sobre o mundo!
Em Ipanema, onde dei o meu primeiro mergulho nos mares do sul
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