8/31/2007

EXPEDICION SUDAMERICANA


11/08/07

MONTEVIDEO

O avião segue para sul com as pampas lá em baixo. São centenas de quilómetros de áreas alagadas por um longo delta que se estende até ao Rio da Prata. Descemos, assim, com o rio Paraná que vem já desde Minas Gerais e que pelo caminho é aprisionado pela barragem de Itaipu, por onde passámos, alimentado pelo rio Iguaçu que nasce junto ao mar (Curitiba) e que percorre o continente para ocidente até começar a cair para sul nas cataratas às quais deu o nome. Mais à frente junta-se ainda ao rio Paraguai que banha Assuncion mas que nasce igualmente no Brasil, neste caso em pleno pantanal.


No Mercado do Porto onde se concentra aos Sábados uma multidão de gente para almoçar

Aterramos finalmente em Montevideo (Uruguai) e apanhamos novo autocarro para o centro. Chegamos mesmo a tempo de ir almoçar ao mercado do porto. Do que vimos nada tem de mercado. Apenas, e não é pouco, um completo espaço de restauração odne predominam as carnes, em particular a bovina, tão típica deste povo gaúcho.

Ainda no mercado

Gostei! Apesar da forte pressão comercial por parte dos restaurantes, este parece ser o ponto de eleição para os almoços sociais de Sábado e um bom ponto de partida para conhecer a cidade.

Edifícios antigos e com fachadas europeias ladeiam a Av. 9 de Julho, artéria comercial que hoje está apenas a meio gás. Numa das praças que interrompem a avenida, um grupo de seniores substitui a confusão do quotidiano semanal e dançam um tango simples ao som da música proporcionada por umas colunas públicas. Em pares alternados e de forma totalmente desinteressada pelos poucos e irregulares transeuntes, estes “velhotes” de semblante triste e nostálgico, representam uma das melhores facetas culturais deste povo – o tango.


Pelas ruas de Montevideo

Impulsionados por este grupo, optamos por ir ver um pequeno musical de tango que estreia hoje e que comprova o saudosismo deste povo pelo passado, internacionalizando assim o conceito da “saudade” que, segundo dizem, na minha opinião erradamente, só existe na cultura portuguesa.



Montevideo não tem muito que ver para um turista de passagem. Para além do mercado e de umas praças e edifícios engraçados, será necessário encontrar algo para fazer durante meio dia para além disto. Salvou-nos o musical.

12/08/07

COLONIA DEL SACRAMENTO

Quem diria que aqui no meio de hispânicos, encontraríamos uma pequena povoação fundada por portugueses no tempo em que o Brasil ainda era Portugal. Localizada numa posição privilegiada no Rio de la Plata, na margem oposta a Buenos Aires, fomos descobrir Colonia del Sacramento.


Este primeiro carro tinha uma mesinha para jantar lá dentro :)
Linha de água do Rio de la Plata

Aqui, onde existe um museu à memória portuguesa, ainda é possível ver as 5 quinas da nossa bandeira e, segundo algumas pessoas, casas típicas portuguesas que infelizmente não identifico, fruto talvez de uma natural mistura cultural que nesta terra se confunde mais do que em qualquer outra, tantas foram as invasões a que foi sujeita.


Aquela coisinha no meio das pernas era o termo. No Uruguai, em todo o lado, novos e velhos, ricos e pobres, andam sempre com um termozinho atrás para beber o famoso chá mate. É doentio......
A Sara no topo do Farol, depois de subir uma arrepiante escada de caracol

Actualmente, porém, é um relaxante histórico e romântico destino turístico, onde afluem sobretudo os argentinos portenhos de Buenos Aires. O melhor deste local? Talvez os inúmeros automóveis clássicos que por aqui se vêm, um dos quais inclusive a fazer de esplanada de um pequeno restaurante.

As cores são do Paraguai mas o Barco está mesmo no Uruguai. A água castanha e o tempo frio é que não convidam a mergulhos.

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