EXPEDICION SUDAMERICANA
7/08/2007
CHAPECÓ
A casa Rover
Acordámos na casa mais surpreendente que alguma vez já vi. Construída pelo mesmo “artista” da de Florianópolis com o seu irmão, temos o privilégio de dormir nesta recuperada serração que mais parece uma casa na árvore.
Integralmente construída com madeiras reutilizadas, vidros de automóveis e pedras locais, esta autêntica mansão da recém instalada época ecológica tomou 6 anos de trabalho mas resultou numa inigualável casa ecologicamente sustentável. Bem, não há palavras para descrever o local. Desde as duas pontes exteriores que conduzem à entrada principal e ao quarto, à escadaria em madeira maciça que percorre a casa, passando pelos WCs com vidros de alto de onde se vê a floresta e não esquecendo a piscina natural adaptada no exterior nem a vista soberba sobre as árvores enquanto se balança na rede ao som dos espanta-espíritos agitados pela brisa. Pela primeira vez, o sol brasileiro que, mesmo assim, custa a chegar a esta vertente norte da colina.
A cidade propriamente dita não merece uma visita turística. Devemos ser, aliás, os primeiros turistas que aqui caem e por motivos indubitavelmente mais pessoais que turísticos. Apesar dos seus cerca de 150 mil habitantes, se nos afastarmos do centro rapidamente sentimos a terra batida.
Aqui o Brasil é pobre. Não se vêm favelas, talvez por estarmos entre a cidade e o campo e este acabar por esconder a pobreza em casas de campo com pequenas propriedades de onde tirar algum sustento. Porém, a pobreza transparece no desmazelo das ruas, nas motas de baixa cilindrada que se arrastam e nos constantes anúncios de descontos acompanhados de pagamentos parcelados em 3 ou 10 prestações, quer o computador do filho, na mercearia ou no bilhete de “ônibus” para sair dali.
A tomar o verdadeiro "Chimarrão" na companhia de duas locals muito simpáticas: a Solange e a Rosa.
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