8/31/2007

EXPEDICION SUDAMERICANA



13-15/08/07

BUENOS AIRES



À espera após o check-in para a viagem no "avião"

Entrega de bagagens, imigração, check-in, viagem, recolha de bagagens, e segurança. Este ritual de viagem tem tudo de aeroporto mas aqui foi mesmo de ferry boat. Impossibilitados devido aos horários de viajar no ferry mais lento e porventura romântico, somos obrigados a recorrer ao “avião” que nos levou ao outro lado do rio em apenas uma hora (o outro levaria três horas...)



Na Calle Florida, onde o empregado de café não tem vergonha de assumir que vai ficar com o troco do expresso

Do outro lado encontramos uma cidade ainda cinzenta da neblina matinal. Ficamos um pouco confusos ao consultar os mapas de Buenso Aires. Ao contrário das outras cidades que visitámos, o centro não fica bem no centro dos pontos de interesse, estendendo-se longos quilómetros que nos levarão a dividir a visita por diferentes bairros.

Surpreende-nos logo a calle Florida que não passando de uma pequena rua no mapa, se revela o coração da cidade, no que concerne ao fluxo de pessoas que trabalham, visitam, vendem, mendigam, actuam ou, mais simplesmente, definem o espírito da cidade.



Uma rua de San Telmo, o bairro do tango e dentro de um centro comercial com frescos no tecto (já não pingavam)

Desconfiamos que o resto do país será bem diferente desta rua comercial. Afinal de contas, se me tivessem à socapa enfiado num avião e me desvendassem os olhos aqui, juraria que estava em Londres ou noutra cidade do norte da Europa, não só pelos edifícios como pelas pessoas, a sua forma de estar e vestir.

Que surpresa Buenos Aires. Tal como as cidades anteriores, nunca tinha pensado como seria esta. Talvez porque nunca pensei vir a andar por estas bandas. Esse é, aliás, um dos factos mais deslumbrantes desta viagem.

Excluindo o Rio de Janeiro, não fazíamos ideia do que viríamos encontrar nem involuntariamente criámos expectativas. Descoberta pura!


Plaza de Mayo e a Sara a apanhar boleia numa avenida com 12 faixas... só num sentido. O recorde foi uma avenida com 20 faixas (7 para cada lado mais duas estradas de 3 faixas nas laterais). Mas pelo que vi, acredito que haja com mais faixas...

Procuramos por Tango, preferencialmente fora do circuito turístico. Não existe. Parece que esta referência internacional vive do e para o turismo. Aproveitamos para comprar alguns CDs que aqui são ao preço da chuva e resignamo-nos a um espectáculo de restaurante para turista ver, encabeçado por um cantor que apenas mancha o brilho e o calor da música e dos harmoniosos dançarinos.

Em frente ao Museu de Arte e numa rua... com arte.

Aproveitamos para perceber um pouco mais sobre a família Peron mas, sinceramente, sinto que nos é dada apenas uma perspectiva da sua memória no museu. Para um apelido tão polémico, em particular da própria Eva Peron, procuro mas não encontro na nossa visita o porquê de um personagem que muito fez pela comunidade mas que, por algum motivo, tem ainda hoje, após mais de 50 anos da sua morte, tantos apoiantes como oponentes.

O famoso caminito, meca da exploração do turista, onde vimos inclusive o Diego Maradona... ou um sósia. Mas tou em crer que era o verdadeiro que estava lá na sua nova profissão a tirar fotografias ao lado de turistas.

Como não podia deixar de ser, procurámos o famoso “Caminito” em La Boca onde se podem encontrar casas típicas pintadas de cores garridas com os restos de tinta dos barcos desta zona piscatória. Infelizmente, para lá chegar é preciso atravessar um perigoso subúrbio, da cidade onde no turismo nos traçam logo uma linha que não devíamos transpor. Fizemos por nos manter do lado correcto da estrada mas mesmo assim, de olhos bem abertos, ficámos satisfeitos por chegar ao nosso destino após cruzarmos um pouco da realidade portenha.

Não é preciso vir a La Boca para descobrir a grande pobreza que ainda avassala a cidade. Mal o sol se põe, inúmeros colectores de lixo examinam minuciosamente os resíduos que ainda possam ser aproveitados. A pé, de carroça ou em carrinhas, individualmente ou em grupo, sacos e caixotes de lixo são revirados uma e outra vez para que alguns possam ainda sobreviver nesta que é, apesar do aparente desenvolvimento, uma das mais pobres economias da América Latina.



Esta tinha poucas faixas. Há direita, na foto, está uma flor metálica que abre e fecha todos os dias... óptima para desbravar corações de ferro.

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